Projetos


    PROJETO DE FORMAÇÃO EM SERVIÇO – 2014
A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original” (Albert Einstein)

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

1.1. ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL URBANO RIBAS
1.2. DIRETORA: Margarete Roseli Neves
1.3. VICE-DIRETORA: Ana Maria Censi
1.4. COORDENADORAS PEDAGÓGICAS
Anos Iniciais: Márcia Denize Silveira
Anos Finais: Márcia da Silva Jorge
1.5. ORIENTADORA EDUCACIONAL: Ana Maria Cenci
1.6. Horário de Funcionamento da Escola:
  • manhã: das 7h45min às 11h45min
  • tarde: das 13h30min às 17h30min

2. EIXO-TEMÁTICO: EDUCAÇÃO INCLUSIVA

3. JUSTIFICATIVA

O presente projeto justifica-se na medida em que a formação e atuação profissional é um processo contínuo e permanente, necessitando de um constante aprimoramento que sirva de apoio às discussões e ao desenvolvimento do Projeto Educativo da Escola.
O conhecimento é uma janela de possibilidades (Magda Soares) surgindo como transformador da realidade, que não é pacífica ou passiva dentro de um contexto complexo, multi, inter, transdisciplinar.
Pensar sobre cada uma dessas concepções no sentido de romper com uma ação quando ela não satisfaz mais, porém os métodos não são banidos mas RESSIGINIFICADOS, dando uma forma de entendimento a esse processo de ensino e aprendizagem, organizando as ideias e dando vazão as mesmas.
Para isso, é importante refletirmos sobre a praxis pedagógica e sua importância no processo de Educação Inclusiva, repensando e atuando mediante as dificuldades e as complexidades presentes na escola.


3. OBJETIVOS

3.1. GERAL:

Proporcionar momentos de estudo e reflexão que considerem saberes e práticas dos professores e complementem o conhecimento teórico, buscando melhorar a qualidade da ação pedagógica.

3.2. ESPECÍFICOS:

  1. Aprofundar o estudo de temas discutidos em reuniões pedagógicas, os quais vem se tornar presentes nas Formações Docente Continuada (Re) Significando Saberes do Ensino Fundamental promovida pela Escola.
  2. Oportunizar espaços para a socialização das práticas pedagógicas no decorrer dos encontros e a organização de atividades didático-pedagógicas que possibilitem a construção e troca de saberes e/ou conhecimentos.

  1. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES TURNO DA MANHÃ – ANOS FINAIS

MESES
DIAS
HORÁRIO
SUJEITOS ENVOLVIDOS
TEMA
MINISTRANTE
CARGA HORÁRIA
ABRIL
8
9:45 às 11:45

Professores, Equipe Diretiva e Pedagógica
Informática na Educação
Profª Vania Bassi Vedana
2h

ABRIL
29
9:45 às 11:45

Professores, Equipe Diretiva e Pedagógica
Informática na Educação
Profª Vania Bassi Vedana
2h

MAIO
13
9:45 às 11:45
Professores, Equipe Diretiva e Pedagógica
Concepções de Aprendizagem na Educação Inclusiva
Profª Andréia Mendiola Marcon*
2h
MAIO
27
9:45 às 11:45
Professores, Equipe Diretiva e Pedagógica
Informações de Alunos Incluídos na Escola
Profª Mara Abido
2h
JUNHO
11
9:45 às 11:45
Professores, Equipe Diretiva e Pedagógica
DISLEXIA
Coordenadoras Pedagógicas e Orientadora
2h
JUNHO
25
9:45 às 11:45
Professores, Equipe Diretiva e Pedagógica
DESORTOGRAFIA/
DISCALCULIA
Coordenadoras Pedagógicas e Orientadora
2h
AGOSTO
14
9:45 às 11:45

Professores, Equipe Diretiva e Pedagógica
TDAH
Coordenadoras Pedagógicas e Orientadora

2h
AGOSTO
28

9:45 às 11:45
Professores, Equipe Diretiva e Pedagógica
Questões Medicamentosas
(Ritalina)
Coordenadoras Pedagógicas e Orientadora
2h

SETEMBRO
25
09:45 às 11:45
Professores, Equipe Diretiva e Pedagógica
Construções Práticas de Atividades na Aprendizagem da Educação Inclusiva
Coordenadoras Pedagógicas e Orientadora
2h
OUTUBRO
31
09:45 às 11:45
Professores, Equipe Diretiva e Pedagógica
Trocas de Atividades
Coordenadoras Pedagógicas e Orientadora
2
* A professora fará a assessoria realizando a articulação entre professores e profissionais que poderão auxiliar no tema Educação Inclusiva

5. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES TURNO DA TARDE: Anos Iniciais

MESES
DIAS
HORÁRIO
SUJEITOS ENVOLVIDOS
TEMA
MINISTRANTE
CARGA HORÁRIA
ABRIL
11
9:45 às 11:45

Professores, Equipe Diretiva e Pedagógica
Informática na Educação
Profª Vania Bassi Vedana
2h

ABRIL
25
9:45 às 11:45

Professores, Equipe Diretiva e Pedagógica
Informática na Educação
Profª Vania Bassi Vedana
2h

MAIO
16
9:45 às 11:45
Professores, Equipe Diretiva e Pedagógica
Concepções de Aprendizagem na Educação Inclusiva
Profª Andréia Mendiola Marcon*
2h
MAIO
30
9:45 às 11:45
Professores, Equipe Diretiva e Pedagógica
Informações de Alunos Incluídos na Escola
Profª Mara Abido
2h
JUNHO
13
9:45 às 11:45
Professores, Equipe Diretiva e Pedagógica
DISLEXIA
Coordenadoras Pedagógicas e Orientadora
2h
JUNHO
27
9:45 às 11:45
Professores, Equipe Diretiva e Pedagógica
DESORTOGRAFIA/
DISCALCULIA
Coordenadoras Pedagógicas e Orientadora
2h
AGOSTO
15
9:45 às 11:45

Professores, Equipe Diretiva e Pedagógica
TDAH
Coordenadoras Pedagógicas e Orientadora

2h
AGOSTO
29

9:45 às 11:45
Professores, Equipe Diretiva e Pedagógica
Questões Medicamentosas
(Ritalina)
Coordenadoras Pedagógicas e Orientadora
2h

SETEMBRO
26
09:45 às 11:45
Professores, Equipe Diretiva e Pedagógica
Construções Práticas de Atividades na Aprendizagem da Educação Inclusiva
Coordenadoras Pedagógicas e Orientadora
2h
OUTUBRO
31
09:45 às 11:45
Professores, Equipe Diretiva e Pedagógica
Trocas de Atividades
Coordenadoras Pedagógicas e Orientadora
2h

6. RECURSOS

6.1. HUMANOS:
Equipe Diretiva, Pedagógica, professores, Setor Pedagógico da SME.

6.2. MATERIAIS E FÍSICOS:
  • Bibliografia sobre os temas elencados para estudo.
  • Textos
  • DVD
  • CD Player
  • Televisão
  • Data Show
  • Laboratório de Informática

7. METODOLOGIA

Os encontros ocorrerão a partir de palestras, seminários, trabalhos em grupo, embasados em leituras prévias de textos sobre cada assunto a ser trabalhado, com projeção de vídeos, data show, relatórios e exposição oral para o grande grupo.

8. AVALIAÇÃO

O trabalho será considerado satisfatório, se houver presença e participação de todos, possibilitando a concretização dos objetivos.

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CENTRO DE CULTURA, MEMÓRIA E PATRIMÔNIO DA UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO (CCMP-UPF)


PROJETO REDE DE MEMÓRIAS
PROGRAMA MOMENTO PATRIMÔNIO




I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
EMEF URBANO RIBAS
Rua Frederico Graef, 85 – Bairro Independência
Fone (54) 3314 1066
Diretora: Profª Margarete Roseli Neves

II - EQUIPE EXECUTORA
Profª Eliane Formigheri (História 6º, 7º e 8º Anos)
Prof. Tiago Machado (História 9º Anos)
Profª Eva Joelma Pires de Souza (6º a 9º Anos)
Profª Márcia da Silva Jorge (Coordenação Pedagógica Anos Finais)

III – ASSESSORIA
Centro De Cultura, Memória e Patrimônio da Universidade de Passo Fundo (CCMP-UPF) Curso De História UPF
Projeto Rede De Memórias - Programa Momento Patrimônio

Profª Drª Ironita P. Machado
Coordenadora do Projeto

Professora Drª Gizele Zanotto
Colaboradora

Djiovan Vinícius Carvalho
Estagiários Projeto Rede de Memórias

Augusto Diehl Guedes
Joana Fonseca de Almeida
Waleska Scheila Gaspar
Estagiários do Projeto Momento Patrimônio

Contato Projeto Momento Patrimônio
E-mail: momentopatrimonio@upf.br
Página no Facebook: facebook.com/MomentoPatrimonio
Telefone: (54) 3316-8336


IV – RESUMO
O Projeto integra o Programa Momento Patrimônio vinculado ao Centro de Cultura, Memória e Patrimônio da Universidade de Passo Fundo (CCMP-UPF) coordenado pelo Curso de História. A iniciativa tem por finalidade precípua agregar as ações locais e regionais que tem por objeto de atuação a cultura, a memória, o patrimônio e a história regional, bem como analisar criticamente e compreender os processos constitutivos da região do Planalto Médio Rio-grandense. As principais atividades, constituídas como prestação de serviço concentram-se na divulgação científica, no vínculo com museus, bibliotecas, arquivos, casas de cultura, associações culturais, centrando-se na história e na pré-história regional. Essas atividades pressupõem o princípio da inclusão social, histórica, etino-racial, com base na prática da garantia de igualdade dos direitos e do respeito às diferenças histórico-culturais.
Nesse sentido, o projeto "Rede de Memórias", como um subprojeto do acima citado, enfoca o patrimônio material e imaterial do município de Passo Fundo, a partir de sua diversidade intra-regional, étnica, social, cultural, educacional, ocupacional, entre outras, tendo como principal objetivo a patrimonialização dos elementos culturais das comunidades e escolas passo-fundenses. Assim, busca-se entender como os objetos e fazeres cotidianos das diferentes comunidades - festas, comida, fotografias, cartas, causos, religiosidade, música - são apropriadas e significadas pelos diferentes grupos, ou seja, de que forma esses elementos passam a constituir a memória e representação da cultura local e regional. O projeto de reconhecimento e valorização da memória será desenvolvido em parceria com as escolas, possibilitando que os alunos conheçam melhor o lugar onde vivem. Para sua realização, os docentes e discentes do Curso de História, já integrados no projeto maior, atuarão junto as diferentes comunidades de Passo Fundo mobilizando e auxiliando escolas e associações de bairro, para que registrem e produzam sua própria história a partir da memória coletiva da comunidade, não descurando do fato de que esta memória particular está integrada a uma rede de relações sociais e culturais, configurando a memória local e regional.

V - DESENVOLVIMENTO
06 de agosto de 2013 a 12 de agosto de 2014.
VI – OBJETIVOS
6.1 Objetivos Gerais
Incentivar a reconstrução de elementos constitutivos da memória da região das comunidades de Passo Fundo, a partir dos registros de memória orais, escritos e icnográficos, partindo de uma ampla pesquisa de campo para a coleta dos dados e o posterior desenvolvimento de ações concretas junto às escolas locais;
6.2. Objetivos específicos
- Valorizar a memória da comunidade do Bairro Independente
- Coletar e sistematizar informações referentes à percepção do espaço do campo do Independente na comunidade.

VII – JUSTIFICATIVA E REVISÃO DE LITERATURA
O projeto justifica-se em primeiro lugar, por cumprir tanto o objetivo maior do Programa Momento Patrimônio, quanto por atender algumas das principais metas da Universidade de Passo Fundo, enquanto uma Instituição comunitária, ou seja, integrar a comunidade à Universidade e proporcionar a interação entre saberes acadêmico e aqueles produzidos a partir das diferentes experiências da população local. Nesse sentido, podemos dizer que ele é fruto do desenvolvimento dos projetos e atividades anteriores desenvolvidos pela Universidade através do curso de História.
Num primeiro projeto, buscou-se institucionalizar as atividades já desenvolvidas a algum tempo por discentes e docentes do curso de História da UPF. Atividades estas que buscaram organizar e padronizar pesquisas e exposições; promover oficinas, debates temáticos a cerca do patrimônio histórico cultural do município. Num segundo projeto - Momento Patrimônio - desenvolvido em parceria, com o MHR, o curso de Jornalismo e da UPF TV, buscou-se divulgar o conhecimento sobre o patrimônio histórico regional e concientizar a comunidade para a necessidade de preservação. A importância deste projeto pode ser auferida do fato dele ter recebido o prêmio Darcy Ribeiro em 2013.
Ao longo desta caminhada identificou-se a necessidade de um trabalho junto as diferentes comunidades do município pela riqueza de sua diversidade cultural unida, em parte, através da rede de ensino formal tanto municipal quanto estadual. Evidenciou-se a necessidade de um levantamento histórico do município, especialmente a partir das histórias de vida de seus atores. Ao mesmo tempo identificamos a existência fragmentada de registros escritos, orais e imagéticos dessas memórias, seja através de histórias de instituições oficiais, de lazer, religiosas, de ensino, das famílias; fotografias e outros objetos.
Entendemos que o trabalho com estas fontes constitui-se em estratégia para valorização da autoestima dos atores sociais envolvidos no desenvolvimento histórico da região, na medida em que passam a se perceber como sujeitos sociais, no momento em que tem suas versões sobre os fatos, contadas nos diferentes registros de memórias, valorizadas. Esses registros tornam-se “lugares de memória” ou “suportes de memória”, recorrendo à definição de Pierre Nora (1993). Para o autor esses são locais materiais ou imateriais onde se fixam as memórias coletivas. Onde cruzam-se memórias pessoais, da família e da comunidade. Eles contribuem para um “processo de revivenciamento, ou de reconhecimento, das experiências coletivas, que têm o poder de servir como substância aglutinante entre os membros do grupo, garantindo-lhes o sentimento de pertença e de identidade, a consciência de si mesmo e dos outros que compartilham essas vivências” (HORTA, 2008, p.108).
Visando uma aproximação com estas comunidades, propomos o projeto Rede de Memórias, a fim de conhecer estas diferentes realidades e experiências que constituem a memória local e romper com o distanciamento entre a memória popular produzida nas comunidades e a oficial ligada a Instituições.
Ao propor tal projeto, partimos do entendimento de que o trabalho de registro, organização e divulgação destas memórias deve ter como objetivo a mudança social e, nesse sentido, deve promover novas formas de encarar o patrimônio material e imaterial, constituído por esses registros. Para tal, faz-se necessário instrumentalizar os educadores para que sensibilizem seus alunos e a comunidade para a valorização deste material, uma vez que a escola é o lócus por excelência deve-se trabalhar a valorização das diferentes práticas culturais.
É através do processo educativo que poderemos fortalecer e mobilizar a comunidade para que compreendam o significado de suas práticas culturais, para além das datas comemorativas, que as percebam como elementos constituidores de sua identidade tanto individual quanto coletiva, pois esses dois elementos estão imbricados, tanto a memória coletiva está inscrita na memória individual, quanto essa tem suas raízes na sociedade.
Essas questões inserem-se nas propostas atuais de educação patrimonial, descritas nos próprios PCNs, que propõe a utilização de fontes primárias na escola, entre as quais a utilização e visita a arquivos e museus. Embora a idéia de patrimônio seja bastante difusa, concordamos aqui com Lúcia Vianna que nos alerta para o fato de que patrimônio é “... uma porção de coisas consagradas e que tem grande valor para pessoas, comunidades ou nações...” bem como para a humanidade. Para a autora, essa idéia “... remete a riqueza construída e transmitida, herança ou legado que influencia o modo de ser e a identidade dos indivíduos e grupos sociais”. (2008, p.119).
Interessa-nos, sobretudo os elementos definidos como patrimônio imaterial, que engloba os elementos da cultura popular, centrados nos fazeres e saberes populares que na medida em que são registrados passam obter legitimidade enquanto patrimônio cultural caracterizando a relação entre memória e história. Nesse sentido, as políticas em relação ao patrimônio, adotadas pelo IPHAN, seguem o conceito definido pela UNESCO, segundo o qual, o patrimônio cultural imaterial diz respeito as "as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas - junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural. O Patrimônio Imaterial é transmitido de geração em geração e constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, contribuindo assim para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana". (UNESCO, 2003, p.4)
O projeto aqui proposto, também está em conformidade com o programa "pontos de memória" do IBRAM que objetiva promover a valorização da memória social através de iniciativas de recuperação da memória popular através de um processo de diálogo e interação com diferentes grupos, os quais elegem os aspectos do passado que querem rememorar, conforme seus interesses e processos identitários, concebendo o museu como agente de mudança social.
Além do conceito de patrimônio, outro conceito-chave para realização dete projeto é o de memória. Individual ou coletiva, ela constitui-se a partir das experiências vividas, mantendo uma linha de continuidade temporal com o presente através da história. O conceito de memória coletiva desenvolvido por Maurice Halbwachs, que nos orienta em nossa proposta de estudarmos a memória de um grupo. Para esse autor, toda memória se funda em identidades de grupo: nossas lembranças vinculam-se a experiências numa vida em grupo – família, vizinhos, fábrica, escola, etc. Todo o social está inscrito na memória individual como vice-versa. A memória é entendida assim enquanto construção social. Nesse sentido, entendemos que o trabalho com as comunidades de Passo Fundo, estimulará este processo de "relembrar em conjunto" fortalecendo os laços entre os indivíduos das comunidades e entre as comunidades do município.
Para Ricoeur a relação entre a memória individual e coletiva se dá através da narrativa. Construída sobre as experiências vividas a memória funda-se na linguagem. É a linguagem cotidiana com todas as suas nuances que permite aos grupos exteriorizar a memória em forma de narrativa. A linguagem torna-se assim a portadora da memória, fortalecida através das narrativas coletivas. Neste aspecto, entendemos que a memória contada oralmente pelos membros das comunidades adquire um sentido específico, tornando cada membro da comunidade sujeito de sua própria história.
Memória e narrativa da memória, neste trabalho, relaciona-se diretamente a questão da educação. Essa é entendida como processo transformador da sociedade e dos sujeitos, sendo historicamente condicionada. Entendemos que a educação não se esgota na escola, tendo um caráter continuo e permanente, daí a importância da incorporação da comunidade e da família nos processos educativos. É nesse sentido, que a educação deve ter como base a memória, o patrimônio, enquanto herança cultural dos indivíduos em determinado tempo e espaço.
Destaca-se, nesse sentido, o papel da escola e dos professores na valorização da diversidade cultural, incultando nas novas gerações o respeito e a tolerância. Da mesma forma, despertar o interesse dos jovens pela história e identidade local não só para que essas histórias sejam conhecidas, mas para que obtenham o reconhecimento da comunidade. Nunca é demais retomar o discurso freiriano da interação entre a educação básica e os contextos culturais a fim de diminuir a distância entre educação escolar e o cotidiano dos alunos.
O projeto, assim, justifica-se plenamente ao corresponder a função social tanto da Universidade - UPF, quanto do Centro e Cultura, Memória e Patrimônio, bem como da escola, na medida em que propõe ações que visam a mudança social a partir da produção e difusão do conhecimento histórico, artístico e cultural das comunidades de Passo Fundo, que integradas atribuem sentido a identidade local e regional ao mesmo tempo em que enfatiza a diversidade, valorizando sujeitos e culturas distintas.

VIII – METODOLOGIA
PROJETO 1 – 7º Anos A e B do Ensino Fundamental
1) Elaboração de um questionário pelos professores da escola com a finalidade de obter as percepções da comunidade em relação ao espaço do campo do Independente.
2) Os questionários serão aplicados pelos alunos do 7º Anos.
3) Coletar e sistematizar as informações obtidas da comunidade
4) Analisar e embasar teoricamente os resultados
5) Exposição dos resultados obtidos

PROJETO 2 - Alunos 9º Anos
1) A partir daVisita/Pesquisa ao Museu Arquivo Histórico Regional.
2) Releitura dos artigos publicados pela imprensa local sobre o espaço do campo do Independente.
3) Seleção e relevância das leituras.
4) Análise quantitativa e qualitativa dos artigos relevantes.
5) Tabulação dos Dados.
6) Apresentação dos Resultados obtidos.

A culminância do projeto será a exposição na escola e no Museu Histórico Ruth Schneider de Passo Fundo.

X- CRONOGRAMA
Escola
PROJETO 1 – 7º Anos A e B (Coordenação: Profª Eliane Formigheri)
Datas previstas
Etapas do Projeto
Local

Abril
Elaboração de um questionário pelos professores da escola com a finalidade de obter as percepções da comunidade em relação ao espaço do campo do Independente
Escola

Os questionários serão aplicados pelos alunos
do 7º Anos
Comunidade

Coletar e sistematizar as informações obtidas da comunidade
Comunidade/Escola
Maio
Analisar e embasar teoricamente os resultados

Escola

Junho
Exposição dos resultados obtidos

Escola


PROJETO 2 – 9º Anos A e B (Coordenação: Profª Tiago Machado)
Datas previstas
Etapas do Projeto
Local

Abril
Visita/Pesquisa ao Museu Arquivo Histórico Regional
Museu Arquivo Histórico Regional

Releitura dos artigos publicados pela imprensa local sobre o espaço do campo do Independente.
Museu Arquivo Histórico Regional

Seleção e relevância das leituras

Museu Arquivo Histórico Regional

Análise quantitativa e qualitativa dos artigos relevantes
Escola
Maio
Tabulação dos Dados

Escola

Junho
Apresentação dos Resultados obtidos

Escola


Projeto
Datas previstas
Etapas do Projeto
Local

Março
Realização da pesquisa e produção dos textos da 4ª Temporada – Voluntários História

CCMP – IFCH

22 Março
Encontro I - apresentação, discussão e encaminhamentos do projeto individual;

Sala 233 IFCH

Elaboração do projeto individual de cada escola;

ESCOLAS

07 Abril


Prazo Final para a entrega do projeto individual;

E-MAIL


Abril
Assessoria escolas – Djiovan e Waleska

E-MAIL – ESCOLAS

24 Abril
Encontro Bloco I – Finalização do projeto e orientações direcionadas;

Sala 233 IFCH

08 Maio
Encontro Bloco II – Finalização do projeto e orientações direcionadas;

Sala 233 IFCH

Maio
Execução Projeto particular na escola;
Gravações 4ª Temporada;
Assessoria escolas – Djiovan e Waleska

ESCOLAS

Junho

Finalização dos trabalhos nas escolas;
Gravações 4ª Temporada;


ESCOLAS

Julho

Montagem da Exposição “Rede de Memórias”;
Gravações 4ª Temporada;


ESCOLAS – SALA 233 IFCH

Agosto
05 a 12

Exposição “Rede de Memórias”

Espaço Cultural Roseli Doleski Preto


XI - INVESTIMENTOS (Orçamento)
Ônibus até o Museu Arquivo Histórico - ~ R$ 250,00
XI- AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados em todas as atividades desenvolvidas no projeto .

XII- BIBLIOGRAFIA
BATISTELLA, Alessandro (Org.). Passo Fundo, sua história. Passo Fundo: Méritos, 2007.
BESSEGATTO, Mauri Luiz. O patrimônio em sala de aula: fragmentos de ações educativas. 2. ed. Porto Alegre: Evangraf, 2004.
BITTENCOURT, Circe (Org.). O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1998.
BOSI, Ecléa. Educação e sociedade: Lembranças de Velhos. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
FÉLIX, Loiva Otero. História & Memória: a problemática da pesquisa. Passo Fundo: EDIUPF, 1998.
HALBWACHS, Maurice. A Memória Coletiva. São Paulo: Centauro, 2004.
HORTA, M.L. “Lições das coisas: o enigma e o desafio da educação patrimonial”. In: Revista Patrimônio. Museus. Iphan. N31, 2005 (pp.220-233).
_______. Os Lugares da memória. In.: COSTA e SILVA, René Marc (org). Cultura popular e educação: salto para o futuro/TV/Escola/SEED/MEC. Brasília, 2008.
JANOTTI, Maria de Lurdes M. A incorporação do testemunho oral na escrita historiográfica: empecilhos e debates. História Oral, v. 13, n. 1, p. 9-22, jan.-jun.2010.
MANIQUE, Antônio Pedro; PROENÇA, Maria Cândida. Didática da História. Patrimônio e História Local. Lisboa: Texto Editora, 1994.
MACHADO, Ironita P.; SILVA, Adriana F. A cidade na história e a história na cidade. In: BATISTELLA, Alessandro (Org.). Passo Fundo, sua história. Passo Fundo: Méritos, 2007.
MIRANDA, Fernando B. Severo de; MACHADO, Ironita A. P. Passo Fundo: presentes da memória. Rio de Janeiro: MM Comunicações, 2005.
NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. In: Projeto História. São Paulo, nº 10, p. 7-28, dez. 1993.
PARK, Margareth Brandini. Formação de educadores. Memória, patrimônio e Meio Ambiente. Campinas: Mercado das Letras, 2004.
TEDESCO, João Carlos (Org.). Usos de memória. Passo Fundo: UPF, 2002.
TEDESCO, João Carlos. Nas cercanias da memória: temporalidade, experiência e narração. Passo Fundo: UPF; Caxias do Sul: EDIUCS, 2004.
ZANOTTO, Gizele. MACHADO, Ironita Policarpo (Orgs.). Momento Patrimônio. Coleção Memória & Cultura. Passo Fundo/RS: Berthier, 2012.